Já fortes colônia
Portuguesa e espanhola.
És marcado pela diferença
Entre o luxo e a esmola.
Estrangeiros te saqueia
Desde a colonização.
E teu povo é rejeitado
Na própria nação.
“Pátria” de africanos
Indigenas e amarelos.
“Terreno” das palafitas,
Favelas e castelos.
“Paraíso” dos milionários
Que vivem de alegrias,
“Inferno” dos miseráveis
De dores e agonias.
“Padrasto” dos pobres
E "pai" dos ricos,
"Amante" das democracias e ditaduras,
País denso e disperso
De alegrias e amarguras.
Os nobres em arranha-céus:
Moda, espumante e caviar.
E os “Sem Nada” deste país
Nem um centavo pra comprar:
O arroz, o feijão e o leite.
Que desigualdade neste lugar!
É o Brasil de “B” maiúsculo:
Bola, Bunda, Batuque e Beleza
E o Brasil com “b” minúsculo:
Bico, batida, bebida e bereta.
Encena o futebol,
A beleza e o samba.
Esconde a pobreza,
O camelô e a muamba.
O narcotráfico acontecendo
Nas matas do “Pulmão Verde”,
No Nordeste homens pobres
Sofrem passando sede.
Em Brasília poucos defendem
Os interesses da população.
A maior parte da classe política
Mergulhada na corrupção.
Índios perdem as suas terras
E crianças estão perdendo a vida.
Onde está a Pátria Amada?
E a igualdade, oh querida?
De rico e de pobre,
De ignorante e gentil
É marcada a história
De desigualdades, mil
De um País chamado Brasil.
Raimunda Alves Melo
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